segunda-feira, 7 de abril de 2014

O retorno do saudoso vinil

         
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           O saudoso vinil dos anos 90 e ainda existem muitos discos por aí, eles eram grandes, e depois de décadas de hegemonia, começavam a dar lugar para um formato digital e mais compacto, o CD, sem dúvida a inevitável substituição por tecnologia de ponta. Em poucos anos, adquirir um disco de vinil passou a ser uma tarefa bastante difícil, para não dizer impossível, pois a produção foi interrompida e os artistas lançavam seus títulos apenas na nova mídia.

            Com o passar dos tempos, o artigo passou a ser peça de museu, sendo encontrado apenas em sebos, um tradicional reduto de colecionadores e de quem está a procura de peças raras.

            Mas atualmente, os bolachões, como ficaram conhecidos, tem ganhado o mercado e suas vendas não param de crescer.

            Além de discos usados encontrados em sebos, álbuns antigos são relançados em vinil e até mesmo novos trabalhos, lançados por artistas ainda na ativa também ganham novas edições nesse formato a cada dia.

            Mas pra quê comprar um bolachão? Se temos a opção de baixar gratuitamente qualquer faixa em serviços como You Tube e Grooveshark e ainda adquirir álbuns compartilhados em sites de hospedagem ou mesmo programas P2P, que garantem acesso a uma biblioteca musical quase infinita e gratuita. Podemos também citar serviços de transmissão de música que cobram mensalidade por isso, como Deezer e Spotify, que também concorrem com a venda tradicional de música, tanto em mídia física como em formato digital.

            Estamos na era da música digital, mas podemos citar com toda certeza a questão da qualidade de áudio oferecida em ambos os formatos, mas que para muitos interfere bastante.

            Serviços de streaming têm um certo compromisso em oferecer áudio de qualidade, mas nem sempre acontece ou mesmo quando se ouve no You Tube. Apesar que a maioria não se importa com qualidade.

            A diferença da qualidade audível entre CD e vinil é basicamente imperceptível ao ouvido humano. Como nós escutamos sons com frequência máxima de 20.000 Hz, acima disso, tanto em uma mídia como em outra, não é identificada por nosso aparelho auditivo, deixando a diferença para os gráficos e os detalhes técnicos como os graves e agudos que cada um pode perceber, sendo nesse caso que as caixas de som utilizadas para a reprodução contam muito.

            Mas o que mais conta na hora de ouvir um vinil é a experiência única que ele proporciona, o som da agulha dançando pelas ranhuras do disco, com aquele chiado mágico, uma maneira clássica de ouvir música. Para muitos, o ato de tirar o disco de dentro da embalagem, remover a proteção plástica que o envolve, encaixá-lo no toca-discos, posicionar a agulha é como um ritual para quem aprecia uma boa música e procura uma forma mais íntima de se relacionar com ela.

            As vendas de vinil têm crescido em todo o mundo, durante o último ano aqui no Brasil a participação de mercado desse tipo de mídia cresceu mais 30%, e em outros países como Inglaterra, Estados Unidos e Canadá foi registrado um grande aumento nas vendas.

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