A descoberta prova que, após o seu surgimento, a Terra se manteve como uma bola indomável por um oceano de magma por um período de tempo mais curto, contrariando o que se pensava anteriormente.
Acredita-se que a Terra tenha se formado por volta de 4,5 bilhões de anos atrás. Mas pouco se sabe sobre seus primeiros anos, particularmente quando se tornou fria o suficiente para que a crosta terrestre pudesse se solidificar a partir da rocha fundida e para que a água se formasse.
Alguns cientistas afirmam que teriam sido necessários 600 milhões de anos para o resfriamento. Mas a descoberta, nas últimas décadas, de cristais de zircão, alguns datados de 4,4 bilhões de anos, pôs em dúvida essa teoria, mesmo que a determinação da idade dos minerais não seja conclusiva.
De acordo com o novo estudo, publicado neste domingo (24), na revista científica "Nature Geoscience", confirma que os grãos de zircão coletados na região de Jack Hills, Austrália, cristalizaram-se na época da formação da crosta terrestre, há 4,374 bilhões de anos, segundo seus atores.
Essa datação é 160 milhões de anos após a criação da Terra e de outros planetas do nosso Sistema Solar, bem mais cedo do que se acreditava anteriormente. Segundo um comunicado de impressa.
As descobertas fortalecem a teoria de uma "Terra primitiva fria", com temperaturas baixas o suficiente para permitir que a água em estado líquido, oceanos e uma hidrosfera- massa combinada de água no planeta - se formassem não muito tempo depois da crosta, período conhecido como Hadeano.
O estudo foi realizado com uma nova técnica, conhecida como tomografia de sonda atômica, que é capaz de determinar com precisão a idade do minúsculo fragmento mineral ao medir átomos individuais de chumbo contidos nele.
Devido a sua durabilidade, o zircão pode resistir a bilhões de anos de erosão e permanecer quimicamente intacto, contento uma riqueza e informação geológica. Ele foi encontrado armazenado em rochas mais jovens e até mesmo na areia.
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