segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Memória flash para substituir a RAM

           
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             A memória é um obstáculo para os computadores, mais precisamente em relação ao processador e a mesma. A CPU precisa de espaço para trabalhar de forma bem eficiente e satisfatória, e para agravar ainda mais, não adianta ter muita memória, ela precisa ser rápida e eficiente.

             Na maioria das vezes, os processadores já vem com uma pequena quantidade de  memória embutida, conhecida como cache L1, L2 e L3. O L1 é extremamente pequeno em espaço de armazenamento e possui uma latência muito baixa. Já os L2 e L3 são maiores em armazenamento, mas possuem muita latência se comparados com o L1.

            Vamos definir latência e sua importância para a memória. O tempo que uma ação demora para acontecer, ou seja, é o tempo máximo que uma informação precisa para ser encontrada dentro da memória, a isto denominamos latência.

            Os dados que vão ser acessados ficam no HD, em seguida passam pela memória RAM e finalmente para os caches do processador. Ou seja, quanto mais rápido a CPU puder acessar os dados, melhor.
            E se a velocidade de acesso aos dados armazenados no cache do processador já é muito superior ao acesso aos dados armazenados na RAM, imagine a diferença de tempo que o processador perde para poder acessar os dados armazenados no HD.

            Para corrigir essa diferença, entra a Memory Channel Storage (MCS), tecnologia desenvolvida pela Diablo Technologies. A empresa desenvolveu um sistema em que a NAND flash pode ser utilizada no lugar da DRAM.

            A memória NAND, não é volátil como a DRAM, isto é, não precisa estar energizada para armazenar as informações. Porém ela é mais lenta que a DRAM,  não fazendo muito sentido utilizá-la para acelerar o sistema.

            A empresa desenvolveu um sistema bastante interessante, as memórias NAND flash trazem uma camada de tradução ASIC ( chamada Rush) que faz a ponte de comunicação entre os chips NAND e o processador, já que os processadores atuais trazem os controladores de memória embutidos, e esses controladores não sabem se comunicar com uma memória NAND flash.

            Isso significa que o processador enxerga a memória NAND como se fosse DRAM, assim não tem problema nenhum em trabalhar com ela. E essa memória pode ser utilizada para armazenar dados através dos controladores ASIC.

            Para resolver os problemas da latência, os chips trazem uma pequena quantidade de memória DRAM, servindo como um buffer inteligente para acelerar a gravação e a leitura dos dados na memória flash.

            Compare a diferença de latência entre o MCS e o PCle.

Gráfico, latência, MCS, PCle Architecture,

            Uma das principais vantagens desse sistema é que as placas de memória podem ser adaptadas em um slot DDR3 normal, corrigindo outro problema, que é a alta latência da interface PCI-Express.

            O principal objetivo desse novo sistema é diminuir o tempo de acesso as unidades de armazenamento e não o de substituir totalmente a memória DRAM.

            Essa tecnologia é bastante interessante para grandes empresas que trabalham com gigantescos bancos de dados, que precisam ser processador com extrema rapidez.
         
           
             

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