domingo, 8 de dezembro de 2013

Fóssil de grande felino é encontrado no Tibet

           
Felino, descoberta de fóssil, Jack Tseng,

             Um crânio fossilizado encontrado na região tibetana do Himalaia, sugere que o mesmo seja um ancestral direto dos felinos atuais de grande porte. Batizada de Panthera blytheae, pode ter vivido na Terra há quase 6 milhões de anos.

             A descoberta, deixou para traz outros registros fósseis de épocas mais recentes, considerando a ideia que os felinos evoluíram na Ásia e não na África, onde o fóssil anterior, mais antigo, havia sido encontrado.

             De acordo com os pesquisadores, a espécie felina, fossilizada, teria vivido entre 4 a quase 6 milhões de anos atrás em regiões frias do Himalaia.

             A equipe encontrou o crânio fossilizado sob um monte de ossos, que incluía partes de um antílope e os membros de um cavalo.

             O tamanho do animal pode ser comparado ao tamanho de um leopardo-nebuloso, que pode variar de 16 a 23 quilos. Para se ter uma ideia das dimensões do ancestral felino, ele seria como um grande gato.

             A equipe que encontrou o fóssil, é liderada por Jack Tseng, pós doutorando do Museu Americano de História Natural, em Nova York.

             Baseado no desgaste dos dentes contidos na mandíbula do crânio, o animal certamente caçava como os leopardos-da-neve modernos, explicando o pesquisador, que os dentes da frente são mais desgastados.

             Segundo Tseng, o motivo para essa característica é que a espécie usava seus dentes frontais para levar a caça arrastada para alguma toca ou que eles caçavam em áreas muito arenosas. Contudo os dentes de trás, permaneciam mais fortes para cortar tecidos moles. O pesquisador ainda afirmou que o felino teria uma testa larga, associada a uma cavidade sinusal expandida na cabeça, sendo uma adaptação adequada aos ambientes frios para aquecer o ar respirado.

             Os estudos do genoma dos felinos grandes atuais sugerem que eles descenderam de um ancestral comum, contudo, o mais antigo fóssil deste grupo de animais tinha sido encontrado na Tanzânia, datando de 3,6 milhões de anos, enquanto o achado pela equipe de Tseng, data de 4,10 a 5,95 milhões de anos.

             Anjali Goswami, paleobiólogo da Universidade de Londres, afirma que a descoberta de Tseng é bem mais consistente em relação as estimativas moleculares. Por conta que, as descendências estimadas para os Pantherines têm sido baseadas até agora em materiais muito fragmentados. Não sendo o caso da nova descoberta, com uma espécie bem preservada, podemos ter mais confiança no resultado.

             O novo fóssil sugere que foi na Ásia e não como muitos criam, na África, onde a subfamília Panthera, incluindo leões, onças, tigres, leopardos, leopardos-da-neve, leopardos-nebulosos, derivou também o restante da árvore genealógica da família Felinae, que inclui pumas, linces e os gatos domésticos.
           

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