terça-feira, 24 de setembro de 2013

Buraco negro 4D, nova teoria para o surgimento do universo

           
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             Cosmologistas da Universidade de Waterloo, no Canadá, acabam de apresentar uma nova explicação para o surgimento do universo. Eles acreditam que o universo teria se formado a partir dos detritos de uma estrela de quatro dimensões, que sofreu um colapso e se transformou em um buraco negro, o que com certeza explicaria por que o cosmos se apresenta de maneira bastante uniforme em todas as direções.

             De acordo com a teoria do Big Bang, que é a mais aceita atualmente, assume que o universo surgiu por meio de uma explosão de uma matéria muito densa. Mas o que ninguém consegue explicar é o que teria dado início a essa explosão. As leis da Física não dão conta de nos dizer o que teria acontecido naquele momento.

             Outra controvérsia dos cientistas, é que ainda não se encontrou uma maneira de explicar como uma explosão tão violenta como o Big Bang, teria resultado em um universo cuja temperatura é praticamente uniforme. De acordo com os cientistas, não houve tempo suficiente desde o surgimento do cosmos para que ele alcançasse equilíbrio em sua temperatura.

             Para explicar essa uniformidade, seria que, logo após o início do tempo, alguma forma de energia desconhecida, fizesse com que o universo inflasse mais rapidamente que a velocidade da luz.

             O Big Bang foi tão caótico que não fica claro se havia uma pequena estrutura que viria a inflar para se transformar no universo.

             Uma nova explicação para o surgimento do universo vem a tona, Afshordi e sua equipe se basearam na proposta apresentada em 2000, pelo grupo que incluía Gia Dvali, físico da Ludwig Maximilians University, em Munique, Alemanha. No modelo apresentado, o universo tridimensional é uma membrana, ou  uma p-brana, que flutua em um universo maior, com quatro dimensões espaciais.

             O modelo de Afshordi, nota que, se o universo maior conta com estrelas de quatro dimensões (4D), algumas delas podem sofrem colapsos e desenvolver buracos negros 4D, da mesma maneira que acontece com as estrelas macivas: elas explodem como supernovas e ejetam violentamente suas camadas exteriores, enquanto as camadas interiores se transformam em buracos negros.

             Em nosso universo, um buraco negro é limitado por uma superfície esférica chamada de horizontes e eventos. Enquanto em um espaço tridimensional comum é necessário um objeto bidimensional (superfície) para criar uma fronteira dentro de um buraco negro, no universo maior o horizonte de eventos de um buraco negro 4D precisa ser um objeto 3D, também conhecido como hiperesfera.

            Quando o cosmologista e sua equipe, simularam a morte de uma estrela 4D, eles descobriram que a matéria ejetada forma uma p-brana tridimensional ao redor do horizonte de eventos, também tridimensional, além de sua expansão ser lenta.

            Os autores do estudo, defendem que o universo tridimensional em que vivemos é apenas uma p-brana e o que notamos com o crescimento é apenas uma expansão cósmica.  

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