Este é o selo mais valioso do mundo, isso quando ele poderá atingir um valor entre 10 a 20 milhões de dólares em um leilão.
O selo já está sendo chamado de "Monalisa dos selos", e data do ano de 1856, quando ainda valia 1 cent.
Este selo é considerado valioso, porque é especialmente único. É o único selo vermelho restante do ano de 1856 da Guiana Inglesa, conhecida atualmente como República da Guiana.
O selo é considerado extramente raro.
Impresso em tinta preta sobre papel em tom de carmim, o selo apresenta uma imagem de um navio de três mastros e o lema da colônia britânica; "Nós damos e esperamos retorno", os colonos britânicos eram conhecidos por não oferecer nada se o outro não fosse generoso.
O próprio navio desenhado é enquadrado por quatro linhas finas, com o país de emissão e valor escrito ao longo das bordas externas. Tudo isso é quase impossível de se ver na gravura acima, porém tudo foi identificado por análises de especialistas no assunto.
Este selo especial não é exposto ao público desde 1986. Mesmo a realeza britânica não podia dar uma espiada e provavelmente eles estavam mortos de curiosidade, pois esse selo é o único grande ausente da coleção real, particular da nobreza inglesa.
A história
No inicio dos anos 1850, um carregamento de selos vindos de Londres para sua colônia britânica da Guiana foi adiado, forçando o correio local a procurar um lugar que produzisse substituições. A função ficou por conta de um jornal local, o Royal Gazette, que foi pago para produzir selos, até que os exemplares do carregamento real de Londres chegassem.
Obviamente, esses selos sendo impressos no mesmo lugar do jornal poderiam gerar falsificações. Para evitar a possível fraude, um do funcionários dos correios, teve que rubricar individualmente cada selo, antes que pudesse entrar em circulação.
E o selo valioso é um destes, sendo o único que sobrou, pois foram produzidos por um pequeno período de tempo, até que a remessa da Inglaterra fosse liberada para a Guiana.
Primeiramente o selo pertencia a um rapaz escocês, Vernon Vaughan, que o adquiriu com apenas 12 anos de idade em 1873, quando estava vivendo com os pais na antiga Guiana Inglesa. O menino vendeu o selo a um homem, também escocês, Neil R. McKinonn, para comprar mais selos. Cada vez que mudava de mãos, o selo agregava mais valor.
No final do século 19, o selo passou para um colecionador em Liverpool. Considerado o primeiro a perceber sua raridade e o vendeu por 120 libras, o mesmo que 20 mil dólares atuais, para o Conde Philippe la Renotiere Von Ferrary, um dos mais importantes colecionadores de selos do mundo.
Após a morte do Conde, o selo foi adquirido pelo Museu de Selos de Berlim, que foi apreendido pela França, como parte das ações da Primeira Guerra Mundial.
Sendo vendido pelos franceses, em um leilão por 35 mil dólares, em 1922, por volta de 500 mil dólares atuais. Depois que o dono, que arrematou o selo morreu, ele foi colocado a leilão novamente, sendo vendido por um valor correspondente a 1 milhão de dólares atuais. Seguidamente, ele foi arrematado em 1980 por meio milhão a mais, por John E. Dupont.
No entanto, du Pont, herdeiro da fortuna da empresa química homônima, morreu na prisão em 2010. Enquanto cumpria pena por assinar a tiros o campeão olímpico e seu amigo de longa data David Schultz em 1996. Sendo notória que essa ação, trouxe mais valorização ao selo.